Sean P. Sullivan, colunista da revista Wine Enthusiast e fundador do Washington Wine Report, dedicou um dos seus artigos a “Repensar o Clássico Barril de Carvalho para o Vinho.”
No texto publicado na prestigiada publicação internacional de vinhos, Sullivan descreve a história da utilização de betão para fermentar e envelhecer vinho no Velho Mundo e a forma como está a ganhar adeptos nos Estados Unidos da América.
O analista destaca o facto de, apesar do betão/cimento poder parecer impermeável, ele permite que o oxigénio penetre.
“O betão faz muitas das mesmas coisas que se obtém no barril, mas sem o sabor da madeira. Por outro lado, consegue-se oxigénio e alguma estabilização,” revela James Mantone, co-fundador e produtor de vinho na Syncline Winery Cellars.
Como em qualquer troca, podemos até “perder um pouco dos aromáticos que se obteria no inox, mas com o betão ganhamos muita textura.”
“Uma dos encantos destes depósitos ovulares como recipientes de fermentação é que eles se mexem automaticamente,” acrescenta Morgan Lee, co-fundador e winemaker na Two Vintners Winery.
No que diz respeito ao debate entre a comunidade vitivinícola sobre se o betão confere características minerais únicas a um vinho, Lee é muito claro.
“As pessoas dizem que o betão não transfere mineralidade, mas, com base na minha experiência, isso é um erro. Isto tem um sabor diferente,” conclui Morgan Lee.
“Há qualquer coisa de pedra molhada que sai do tanque de betão que definitivamente não se consegue quando estamos a provar da madeira. Não conheço a ciência por trás disto, mas acho que muda o vinho para melhor.”