O facto da sua formação em Engenharia Civil estar ancorada numa família produtora de vinho permitiu melhorar e afinar a fórmula que utilizou na investigação e desenvolvimento da cuba de vinho em betão da WiseShape?
“Sim, sem dúvida.
Diria que é um daqueles casos em que tive a oportunidade de conjugar o melhor de dois mundos.
A minha família está ligada à produção de vinho há décadas.
A minha mãe, Carla Costa Ferreira, fundou a empresa que hoje cuida e valoriza as vinhas dos meus antepassados e é também professora de Engenharia Civil na Universidade de Coimbra.
O meu avô e o irmão foram os precursores da empresa agrícola que deu origem à Conceito Vinhos. Na altura, produziam apenas uvas para diversas casas de vinho do Porto.
Contudo, foram também particularmente activos na região de Foz-Côa, tendo inclusivamente gerido a autarquia local, fundado a Adega Cooperativa da Teja e a SuperDouro, a União das Adegas Cooperativas do Douro Superior.
A minha irmã, Rita Marques, é a enóloga-chefe da Conceito Wines.
É verdadeiramente apaixonada pela enologia e transporta esse saber e amor pela vinha para a criação de vinhos com carácter, personalidade e frescura.
O facto de a Conceito gerir cinco quintas e 86 hectares de vinhas de forma orgânica – sem pesticidas ou herbicidas – influenciou também de forma determinante a escolha dos materiais das cubas WiseShape.
A sustentabilidade, aliada à inovação, tecnologia e tradição vitivinícola que herdei da minha família permitiu-me desenvolver, em dois anos, aquilo que é hoje a WiseShape – uma das mais avançadas soluções de fermentação e armazenamento de vinho do mundo.
Por isso, sim, o meu ADN vínico aliado à formação académica técnica foram factores importantes para a construção daquilo que vemos hoje em cada WiseShape.”